08 ou 80: Minimalismo Vs Acumuladores

Um transtorno que acomete cerca de 2,6% da população mundial, a Dispofobia, popularmente conhecida como Transtorno Compulsivo, é uma condição patológica caracterizada pelo acúmulo de objetos desgovernada e desorganizada.

Você não resiste a uma oferta e compra mesmo que o objeto seja inútil? Você guarda objetos com a desculpa de que você poderá precisar no futuro? Você já se perguntou se realmente precisa desse tanto de coisas?

Existem dois tipos de acumuladores: os acumuladores de coisas velhas, que por muitas vezes, guardam objetos por algum apego e os acumuladores de coisas novas que, na maioria das vezes, são pessoas que passaram por escassez em algum momento da vida, ou pessoas que usam o consumismo para preencher algum vazio, trauma ou frustração.

Podemos citar alguns tipos de acumulação como: o acumulador digital, que acumula arquivos digitais; o acumulador de roupas que compra roupas mesmo sem precisar e fica guardando; acumuladores de itens pessoais de parentes já falecidos, para ter uma “lembrança”; acumuladores de animais, que vão adotando ou comprando cumpulsivamente.

Como eu posso ajudar um acumulador? Em casos mais tranquilos, uma personal organizer pode ser uma ótima escolha, mas, em casos mais graves, é indicado o apoio de um profissional da saúde especializado como: psicólogo, psiquiatra, neurologista ou terapeuta. É válido lembrar que o apoio de familiares e amigos é muito importante para quem sofre desse transtorno, e sempre vai no tempo da pessoa o processo de melhora.

Em contrapartida, temos o Minimalismo, que surgiu como uma resposta ao estilo de vida consumista e comercial dos Estados Unidos. Logo, suas características foram absorvidas pela Arquitetura, com o conceito de “menos é mais”, e pelo Design, a partir da definição “fazer mais com menos”; e empresta estas diretrizes para quem quer se organizar:

As características principais:

• vazio dos espaços
• simplicidade e sofisticação (elegância)
• limpeza estética (bela, harmoniosa)
•  essencialidade dos elementos: que têm conexão com a Arquitetura Tradicional Japonesa, afinal, o conceito de seu design se concentra na remoção do que é supérfluo.

O termo minimalismo, associado a movimentos artísticos do início do século, está empregado contemporaneamente com o ideal de consumo consciente.

Ao contrário do que parece, não é se livrar de tudo, ou fazer voto de pobreza, o movimento representa a busca do viver com o que é essencial.

Pense que ele será o resultado de uma Etapa Avançada de Organização, após passarmos por várias fases:

• Arrumação: agrupe os objetos por temas ou devolva-os cada qual para seu cômodo (“toque de recolher”), seu lugar devido ou atribua um endereço para aqueles que se perderam no meio do caminho!

• Reconhecimento de quais hábitos, hobbies, atividades você não pratica mais e desapegue dos objetos: a esteira da academia, a apostila de italiano, o jogo de lápis de cor da faculdade, o turno do curso de escultura, a batedeira da época que você fazia bolos e que agora, admita, só compra pronto!

•  Localização, em cada ambiente da casa, de quais são os pontos de poluição visual, as “baguncinhas”, os montinhos, e verifique se você tem locais adequados para guardá-los, para que não fiquem visíveis: móveis fechados como armários, gaveteiros, baús, caixas, malas ou organizadores. Evite estantes, cujas prateleiras e todo o seu conteúdo ficam visíveis, que de tanto vê-las, causa cansaço mental!

• Eliminação do excesso de objetos decorativos no mesmo lugar: aparador, prateleira, mesa: é muita concorrência!

Habitue-se a esta prática e ficará claro o que é essencial, ver espaços vazios te dará um prazer incrível, a mente acalmar e sua casa será mais organizada, funcional, e esteticamente mais leve! E você irá constatar que tudo o que tem é funcional e/ou faz sentido pra você!

Referências: Inloco Organizer