Descubra se a cultura da sua empresa está ligado diretamente com as praticas do ESG
Muitas companhias têm descoberto que cuidar do meio ambiente, adotando medidas de cuidado, de responsabilidade social e melhores práticas gerenciais, gera fatores que incrementam o balanço das empresas. Concomitantemente, o público consumidor estimula essas medidas, priorizando as empresas que se dedicam aos temas socioambientais.
Desta forma, termos como ESG têm se tornado corriqueiros entre os comentários. Mas, para aqueles que ainda não sabem o que ESG significa a Sucata Digital te explica:
As posturas sustentáveis, visadas a longo prazo, são permeadas pelos princípios ESG, que é a sigla para Environmental, Social and Governance, ou em bom português: Ambiental, Social e Governança Corporativa. São bastante difundidas no mundo dos negócios e cada vez mais o ambiente corporativo brasileiro e ditará os próximos passos de empresas e profissionais, sobretudo os da área jurídica, responsáveis por apoiar as organizações na implementação consistente dessas novas ações.
Esta história começou em janeiro de 2004, quando o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, convidou mais de 50 CEOs de grandes instituições financeiras a participar de uma iniciativa conjunta, para encontrar maneiras de integrar o ESG aos mercados de capitais.
Na época, foi argumentado que a incorporação de fatores ambientais, sociais e de governança nos mercados de capitais faz sentido para os negócios e leva a mercados mais sustentáveis, os quais produziriam melhores resultados para as sociedades
Então, 20 instituições financeiras de nove países diferentes – incluindo o Brasil – se reuniram para desenvolver projetos e recomendações sobre como incluir questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas relacionadas ao tema. O relatório concluiu que a inclusão desses fatores e o fomento de discussões sobre o assunto no mercado financeiro gerava mercados mais sustentáveis e melhores resultados para a sociedade.
Mas, a sigla ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2005 da ONU (Organização das Nações Unidas), intitulado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”).
Vamos entender o que significa cada letra dessa sigla?
Basicamente, a sigla ESG reúne três fatores que mostram o quanto uma empresa está comprometida em ter uma operação mais sustentável em termos ambientais, sociais e de governança. Cada letra tem um significado:
E (environmental, em inglês, ou ambiental, em português)
A letra E da sigla se refere às práticas de uma empresa em relação à conservação do meio-ambiente e sua atuação sobre temas como: aquecimento global e emissão de carbono, poluição do ar e da água, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e uso consciente dos recursos naturais e minerais.
S (social, em inglês e português)
A letra S se refere à relação de uma empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo. Envolve preocupações com questões como: satisfação dos clientes, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, engajamento dos funcionários, relacionamento com a comunidade, respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas. Incentivando a diversidade, na qual temos conscientizado cada vez mais os nossos colaboradores contra homofobia ou mesmo misoginia.
G (governance, em inglês, ou governança, em português)
A letra G se refere às medidas relacionadas à administração de uma empresa. Envolve composição dos conselhos, estrutura do comitê de auditoria, conduta corporativa, remuneração dos executivos, relações com entidades do governo e políticos e existência de canais de denúncias.
Acreditamos que junto com o tamanho e a importância das empresas, vêm também as responsabilidades. Ressaltamos que, atualmente, existem empresas maiores do que o PIB de vários países, e que várias empresas estão diariamente se relacionamento com as pessoas, dentro de suas casas. Se no passado uma empresa deveria estar focada no seu crescimento e na sua lucratividade, hoje o papel delas na sociedade é muito mais amplo.
Se no passado pensávamos sobre as externalidades, que poderiam ser positivas ou negativas -poluição era exemplo de externalidade negativa-, hoje uma empresa tem de “internalizar” – por legislação, princípio ou pressão dos clientes e da sociedade – o que antes era considerado externalidade, além de assumir responsabilidades que antes não eram consideradas suas.
Nesse contexto, o conceito do capitalismo de stakeholder ganha espaço sobre o capitalismo de Milton Friedman, economista ganhador do Prêmio Nobel que pregava que o retorno ao acionista (lucro) deveria ser o principal objetivo de uma companhia. Então, o entendimento, com o ESG, está mudando. A geração de valor para todas as partes interessadas na empresa, os chamados stakeholders, passa a ser a razão de existir de uma empresa. Essa visão ficou conhecida como “capitalismo de stakeholder”.
O que são os stakeholders?
São todos os grupos que de alguma forma foram impactados por uma empresa, e podemos resumir em colaboradores, acionistas, fornecedores, clientes e comunidade. Em uma de suas famosas cartas, o CEO da BlackRock, Larry Fink, definiu esse novo modelo:
“Capitalismo de stakeholder não é sobre política. Não é uma agenda ideológica ou social. É capitalismo, impulsionado por relações entre a empresa e funcionários, clientes, fornecedores e comunidades, onde os dois lados se beneficiam e sua empresa prospera. É o poder do capitalismo.”
É difícil pensar em relações duradouras e saudáveis, se não for bom para os dois lados, e o capitalismo de stakeholder é sobre isso. Ao desenvolver fortes laços com seus stakeholders, as empresas reduzem o risco operacional e aumentam a qualidade de seus produtos e serviços. Quando pensam em relações frutíferas com seus stakeholders, as empresas conseguem, com seu negócio e suas práticas, causar um impacto social positivo na sociedade.
Lembrando que um dos principais motivos do crescimento da agenda ESG é a urgência em combater as mudanças climáticas. De acordo com as Nações Unidas, para limitar o aquecimento global em 1,5 ºC, quando comparado aos níveis pré-industriais, as emissões de carbono devem ser reduzidas em 45%, até 2030, e chegar a zero até 2050. Mais de 70 países, que representam ao redor de 76% das emissões globais de carbono, já se comprometeram com metas net zero, ou carbono zero.
Sendo assim, provavelmente, nos próximos anos veremos novas regulações e, os maiores emissores terão de investir em novos processos para neutralizar suas emissões, ou correrão o risco de perder espaço para produtos e processos menos poluentes. A regulação da emissão de carbono impacta de forma diferente os setores, trazendo riscos para alguns e oportunidades para outros.
Mas, lembramos que carbono não é a única emergência ambiental. Outros pontos importantes, como restrição de recursos hídricos, perda da biodiversidade e gestão de resíduos, também mostram porque é importante o setor privado abraçar a agenda ambiental.
Logo o ESG está ligado diretamente com a cultura da empresa, pois as práticas devem começar no interno e refletir no externo!
Fontes: ONU, EXAME, INBS.
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[…] A Sucata Digital é um exemplo de empresa que trabalha além do propósito ambiental, a empresa busca melhorar sempre a experiencia do cliente afim, o social é um dos pilares do ESG. […]
[…] ao redor e reduzir os possíveis impactos ambientais é imprescindível. Além de agregar valores ESG e fortalecer o vínculo com a sociedade a empresa terá inúmeros benefícios, como promover […]