Em 2019 cerca de 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico foi gerado em todo o mundo, classificados como eletrônicos indesejados, como computadores, telefones, impressoras e aparelhos de fax. A população, empresas e governos são responsáveis por esse número. Como resultado, o lixo eletrônico está se tornando um problema global, com seu descarte liberando níveis cada vez maiores de gases do efeito estufa. A prevenção de resíduos e a reciclagem são práticas importantes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) – que são a causa das mudanças climáticas.
O descarte de lixo eletrônico contribui para a mudança climática devido aos produtos químicos liberados quando é queimado. Eletrônicos contêm materiais como cobre (Cu), alumínio (Al) e ferro (Fe) e, quando queimados, esses metais se acumulam no ar. Produtos químicos nocivos como éteres difenílicos polibromados (PBDE) e bifenilos polibromados (PBBs) são as principais toxinas liberadas quando os componentes eletrônicos são queimados. Os PBDEs são usados como retardadores de chama em eletrônicos e, durante a combustão, liberam dióxido de carbono (CO 2 ). Coletivamente, esses vários produtos químicos – quando queimados para descarte – causam danos tanto aos seres humanos quanto ao meio ambiente.
Dessas altas concentrações representam um sério risco para a saúde humana e da vida selvagem. As toxinas que penetram no solo e na água são, por sua vez, acumuladas por organismos, que com o tempo impactam negativamente a saúde.
A fabricação de eletrônicos também libera grandes quantidades de CO 2 . Em outro estudo, descobriu-se que, para cada tonelada de produtos de display CRT fabricados, foram liberadas 2,9 toneladas métricas de carbono. Quando reciclado corretamente, apenas 10 por cento das emissões de gases de efeito estufa são liberadas. Em comparação com os métodos tradicionais de descarte, como a queima, a reciclagem oferece novas alternativas para reduzir as emissões.
Por meio de iniciativas como da Sucata Digital, a conscientização de descarte é a melhor maneira de reduzir o lixo eletrônico, reduzindo assim a contaminação do solo e redução de emissão de gás carbônico.
Segundo empresa belga de consultoria ambiental de CO2 CO2logic, para cada tonelada de lixo eletrônico coletado e reciclado; 1,44 toneladas de emissões de CO2 são evitadas. Em outras palavras, com as 954 toneladas de lixo eletrônico coletadas e recicladas pelos projetos da WorldLoop, 1.374 toneladas de emissões de CO2 foram evitadas. (São 734.759 m³ de CO2, o que é um pouco maior do que a Estátua da Liberdade).