O Brasil é um dos campeões mundiais na produção de resíduos eletrônicos, sendo o maior da América Latina e o segundo maior das Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Com o intuito de elevar as coletas desses resíduos e promover sua destinação ambientalmente correta, foi implementada, em outubro de 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Trata-se de um documento que define metas para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes sobre a logística reversa. Desta forma, esse documento foi então formalizado também pelo Decreto Federal nº 10.240/2020.
Porém, mesmo com a lei em vigor e com todos os esforços, iniciativas e ações que visam estimular e conscientizar a população a descartar corretamente seus resíduos eletrônicos quebrados ou sem utilidade, nos deparamos com alguns desafios, principalmente no que diz respeito à reciclagem no Brasil.
Desafios da manufatura reversa:
– A logística reversa é um dos pilares da reciclagem e que deve ser expandida. Além de atender uma pequena parte da população brasileira, apenas 17%, este serviço é extremamente concentrado. Segundo uma reportagem da BBC Brasil, 83% das cidades com coleta seletiva estão nas regiões Sudeste e Sul do país.
– Inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade que estes resíduos podem conter
Desafios tecnológicos:
– Devido ao crescimento acelerado de altas tecnologias, a necessidade do descarte aumenta.
– Conscientização da população sobre a importância do descarte correto.
Desafios econômicos:
– Devido à variação das qualidades e quantidades de fornecimento de material de insumo e dependência dos preços secundários dos materiais sobre os de materiais virgens, é difícil manter os volumes, qualidades e preços dos materiais reciclados estáveis (um mercado muito volátil).
São muitos os desafios, mas, como solucionar?
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12 da ONU indica a necessidade de “garantir formas de consumo e produção sustentáveis”. No tocante aos resíduos eletrônicos, isso significa conseguir um gerenciamento racional durante seu ciclo de vida, além de reduzir a libertação de tóxicos na atmosfera, água e solo para minimizar seus efeitos negativos na saúde e no meio ambiente.
Para minimizar o volume de resíduos gerados é preciso estabelecer uma cadeia de recolhimento, destinação adequada e transformação ou retorno de matéria prima, é a chamada economia circular.
Existem empresas como a Sucata Digital fazem o gerenciamento dos resíduos eletrônicos buscando dar o melhor destino seguindo de acordo com a PNRS, ESG e as ODSs.
Refencias: BBC e Artigo Academico da Pós-Graduação “Lato Sensu” em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional