Ao notarem a mudança no comportamento do consumidor, que prefere empresas que respeitem o meio ambiente e sigam práticas sustentáveis (eco friendly), muitas empresas passaram a utilizar o chamado Greenwashing
Mas o que é Greenwashing?
O Greenwashing é, na tradução literal, uma lavagem verde como a lavagem de dinheiro, porém para uma imagem falsa de sustentabilidade. Utilizam marketing através de discursos, anúncios, ações, documentos, propagandas e campanhas publicitárias gerando, assim, propaganda enganosa, uma fake news.
A preocupação em aderir às práticas ambientais não é (somente) uma questão de consciência. É seguir o caminho da economia circular e ser ESG. As empresas têm buscado se adequarem às práticas para investirem com a agenda ESG e agenda 2030.
Como identificar e prevenir?
Algumas atitudes simples podem ajudar o consumidor a não cair na propaganda enganosa do greenwashing. Abaixo, mostraremos alguns exemplos.
• Ficar atento nos produtos que se dizem “ambientalmente corretos”, mas não possuem certificações em seu rótulo.
• O produto também pode conter um certificado falso ou uma imagem que lembra muito o certificado original. Nesse caso, é importante o consumidor conhecer as certificações para não ser induzido ao erro;
• Observar se o anúncio utiliza termos muito vagos, como por exemplo “amigo do meio ambiente” ou “sustentável”, sem esclarecer quais são as atitudes efetivas;
• Entender a relevância das informações, pois a informação pode ser verdadeira, mas não é relevante para o consumidor naquele produto. “Não contém CFC” (substâncias da família de clorofluorcarbono que são nocivas para a camada de ozônio) é o exemplo mais comum. O uso da substância é proibido por lei, o que significa que o produto não é mais ambientalmente correto que qualquer outro da categoria.
• Evitar a “distração” do rótulo ou anúncio, isto é, o produto pode afirmar que possui 50% menos plástico, mas, no fim, continua sendo um problema para a geração de lixo no planeta.
• Ficar atento para declarações que são simplesmente falsas. Às vezes um produto pode informar que possui descarte seletivo, mas a empresa não possui controle sobre isso.
• Verificar se a organização fornece algum meio de comunicação para o consumidor e buscar a veracidade das informações. Se não apresentar, desconfie!
Se há marcas que tentam enganar os consumidores com embalagens modernas aparentemente sustentáveis, também há as que tentam convencer, sem a real prática, os investidores de que são responsáveis. Uma das formas de combater isso é criar indicadores robustos que garantam a existência de práticas ambientais, sociais e de governança.
Vale ressaltar que o G de ESG, a governança, é fundamental para garantir a coerência das ações da empresa com seu discurso. Ao levar os princípios e valores de uma companhia para sua gestão, é possível construir transparência com os stakeholders (todos os grupos de pessoas ou organizações que podem ter algum tipo de interesse pelas ações de uma determinada empresa), reputação corporativa e consistência na estratégia ESG da empresa.
Empresas podem, também com auxílio de outras empresas, adotar práticas sustentáveis e que certificam. Um bom exemplo diz respeito às empresas que fazem o gerenciamento dos resíduos gerados. Ressaltamos que a Sucata Digital é um dos melhores exemplos de empresa referência em descarte de resíduos eletrônicos gratuito e que emite certificados, pois apoia o IBGC e tem dispensa da CETESB.
Fontes: Exame, Menos 1 lixo.